sexta-feira, 17 de agosto de 2012

...turistou em Brasília

Brasília,  agosto de 2012

Nasci e passei a maior parte da minha vida em Brasília. Mas quanto mais o tempo passa mais acho estranha essa cidade espaçada, vazia e seca. Uma arquitetura que não une nada com coisa nenhuma, enfim, uma confusão. Mas tem lá sua beleza. Nessa última vez que voltei à Brasília -- tendo como pretexto passar o dia dos pais com a família -- passei pela esplanada dos ministérios (precisava legalizar, no Itamaraty, uns documentos de uma amiga que vai morar na Holanda) e aproveitei pra turistar.

Margaridas talvez? Nem sei...

Vim pedir aumento da bolsa pro Raupp rs.

Ó lá o congresso

Meteoro @ Itamaraty

Os estados

A greve

Itamaraty

Catedral



Anjo conversando com Jesus: "daora"

Mystery Machine e a Catedral

Seria Athos Bulcão?



No museu...

hehehe

heheheh

E à noite teve um jazzinho no parque da cidade:

Eu e Leiloca @ Parque da Cidade (I love Jazz)

Eu, Leila, Tereza, Lia e Nina

Também não pude deixar de visitar minhas avós. Vovó Leny, por exemplo, faz 80 anos agora em dezembro. Dá pra acreditar?


...fez 25

Campinas, 27 de julho de 2012

Sim, meus 25 anos começaram em Campinas. Passei uns 3 dias lá, pela primeira vez, por conta de um curso promovido pela Unicamp e realizado em um hotel no centro da cidade. Era um curso/workshop/encontro voltado pra programação paralelizada bem bacana. Achei a cidade bbastante  simpática também. Pessoas andando na rua, praças, árvores... e fui muito bem recebido na casa das pessoas que me receberam (fui de CouchSurfing). Pena que não tenho mais fotos. Apenas essa, em frente à prefeitura:

Primeira manhã em Campinas @ Praça da prefeitura

Meu aniversário caiu na sexta, último dia do curso, e passei o dia todo ocupado, longe de familiares e amigos. Recebi ligações fofas e foi isso. Nada de comemoração. Quando cheguei em casa só queria minha cama.

São Paulo, 28 de julho de 2012

A comemoração foi no sábado. Chamei alguns amigos do IAG pro apartamento onde estou morando. O pessoal que mora comigo estava viajando, mas deixei avisado que a ~galera viria. Comprei umas comidinhas, fiz uma pasta de berinjela, comprei um bolo vegano e voilà: festa!
Ale, Grazi, Má e Leo.

 Isa, Fabíola, Ale, Caio, Alícia, Mayara, Tássio, 
Giulia, Eu, Grazi, Márcia, Zé, Leo e Renato.


Vivendo perigosamente

Re e Zé gracinhas :)

As mina

Eu, Má, Ale, Caio e Isabelle

 Daí ganhei presentes lindinhos também. Vinhos (sou chique), essa camiseta azul/verde/não-sei-bem que estou usando por cima da branca nas fotos aí em cima, e........:
Simplesmente DEMAIS

Em torno da meia-noite saímos pra uma casa de festas aqui perto chamada estúdio Emme, onde teria a festa  mais rebolativa, salamaléquica e alfazêmica:

A Festa do Santo Forte! Na foto, DJ Tutu.

Teve bom viu. Teve bem bom.

domingo, 24 de junho de 2012

... mudou-se pra São Paulo


São Paulo, fevereiro de 2011

Esse blog não é minha primeira tentativa de diário desde que saí de Brasília. Assim que cheguei em São Paulo e me instalei, criei o tumblr 2011 na cidade do 11 com basicamente o mesmo propósito do de quando o @rafme. Fiz 6 postagens e fim. Acho que o tumblr não era mesmo o melhor ambiente para um diário.

Mas lá é o melhor registro que eu tenho hoje dos meus primeiros meses de São Paulo. Minha mudança foi às pressas: formei na UnB e na semana seguinte vim com minha mãe pra terra da garoa. Aqui, passamos 1 mês procurando um apartamento pra mim, mas não encontramos.

Parte da minha família do lado paterno que nos acolheu aqui e
nos deu o maior apoio. Enquanto procurávamos, nos hospedamos
na casa da tia Olga (à esq.), irmã da minha vó Teresa. Ao lado
dela está sua filha Sylvia e amigas. Do outro lado da mesa,
eu, mamãe, Monica e Paula, as outras filhas de tia Olga.
Eu e mamãe na casa da tia Olga.

No final das contas, fiquei numa pensão pertinho da USP, que foi ótima em muitos aspectos, mas não durei lá mais do que um ano. Depois volto a falar de lá...

O fato é que o meu mês de mudança foi apaixonante. Tomei gosto por São Paulo de uma forma impressionante. Apesar de ter batido muito perna e fugido de tempestades, apesar de ter estado no Morumbi quando teve assalto com metralhadora, tudo deu muito certo. E a maioria das pessoas que conheci são incríveis.


Uma das minhas primeiras saídas em Sampa. Essa galera toda
faz Física. O Davi (de camisa verde) os conheceu em um
evento que estava tendo. Tão aí um indiano, o Davi, uma
alemã vegetariana (s2), eu, uma ucraniana, um
espanhol, um brasileiro que está morando na Holanda e
uma italiana.
Nesse mesmo dia, encontrei o Henrique, amigo meu de
Brasília, com a Juliana, que é alemã.


No início de maio, recebi meu diploma da UnB e me
matriculei no IAG. Isso graças ao Pedro Lisbão
que chorou na reitoria pra mim. Meus eternos
agradecimentos. 

Mesmo pro quarto que eu fiquei na pensão, a coisa foi meio nas pressas. Ele não estava completamente pronto e fiquei morando lá com coisas provisórias por um mês.


Me preparando pra mudança.

Começando a arrumação. No primeiro mês
era tudo improvisado. A mesa são tábuas de
madeira sobre tijolos. A cadeira era emprestada
da tia Olga.

O banheiro.

No primeiro mês não tive cama. Coloquei o colchão em
cima de uma porta de madeira. Ainda bem que era verão!

Essas gavetas também eram provisórias. O que o
proprietário coreano não me falou (nem ele devia saber)
é que as gavetas estavam cheias de traças. Perdi várias roupas.

Nessa pensão que eu morava, cada um tinha seu quarto (suíte) e a cozinha e a máquina de lavar eram de uso coletivo. Todo mundo que morava lá era da USP, a maioria bixo (calouro), e era lindo que eu me dava e ainda me dou bem com quase todos.

Meu primeiro ano de São Paulo foi amor-no-coração muito por causa deles. Mas isso vai ficar como assunto de outra postagem.

Eu no CEPE (Centro esportivo da USP), pouco magro, rs.

Parte do pessoal da casa. Heloisa, Carol, Bruno, Thiago,
Clara (Beebs), Davi (que não morava com a gente) e eu.

Clara. Pra mim, Beebs :)

domingo, 17 de junho de 2012

... conheceu Elza Soares


São Paulo, 1º de junho de 2012


Baixei meu primeiro CD de Elza Soares no início de 2012, o Do Coccix até o Pescoço, e fiquei simplesmente apaixonado (por motivos vários que ficarão mais claros no final deste post).

Disso você pode calcular a minha felicidade quando um show dessa mulher praticamente caiu no meu colo. Lembro que era um dia que eu estava indo pro francês, e a Mayara, uma amiga do IAG, me ligou: 

"Rafa, o Tássio viu aqui de um show da Elza Soares. A gente tá saindo daqui pra ir lá comprar. Quer que compre pra você?"

Eu não perguntei preço, eu não perguntei data, eu não perguntei nada. Só disse: "Compra!". A notícia melhora com o tempo, o lugar era bom, o valor era bom, o show foi maravilhoso.







O dia do show foi também dia do aniversário do Tássio. Esperamos ele para comer um bolo no IAG e corremos para o SESC Consolação, onde foi o show. Eu estava bem tenso porque não poderíamos chegar atrasados e chovia em São Paulo. Daí já viu como fica o trânsito né?

O show em si foi um presente. A Elza está bastante debilitada, mal conseguia andar. Tiveram que ajudar ela a andar e a se sentar, e assim ela continuou quase o show inteiro. Mas olha, que voz incrível. Que presença.

Sem muito esforço, conseguimos ser aceitos no camarim dela e aí foi simplesmente LINDÃO. A Elza é uma simpatia: cantou parabéns pro Tássio, cantou comigo uma palhinha de Volta por Cima, conversou com a gente. Aliás, só de nos receber no estado que ela estava já foi incrível.


Presente de aniversário do Tássio.

Meu presente
 
Elzinha e o Renato

"chorei / não procurei esconder todos viram /
fingiram / pena de mim não precisava /
ali onde eu chorei qualquer um chorava /
dar a volta por cima que dei, quero ver quem dava"

Fiquei tão emocionado que escrevi um tributo a Elza Soares, e com ele me despeço:

A história do violão no Brasil muitos devem conhecer. É a trajetória de um instrumento que lá pelos anos 1900s era considerado vulgar e de mau gosto, mas que pela segunda metade do século XX se “enobreceu”, quando alguns caras começaram a tentar trazer o instrumento para a produção artística erudita e esclarecida (alguns caras como, por exemplo, Heitor Villa-Lobos). Em poucos anos, repertórios de violão (música chula e de pobre) foram tomando cara de manifestação popular e, finalmente, foram originando clássicos. Hoje bossa-nova é cult. 
Mas teve uma época em que lugar de violão era na favela. Numa dessas, em Padre Miguel, Rio de Janeiro, nasceu uma preta, filha de violonista, que em poucos anos seria conhecida internacionalmente como Elza Soares. Nossa Elzinha. Leonina, cheia de banca e da malandragem carioca, cresceu soltando pipa e carregando lata d'água na cabeça. Abandonou os estudos pra se casar, perdeu aos 13 anos o primeiro filho, que morreu de fome. E tinha o sonho de cantar. Mas coitada, não sabia nem se vestir. Aos 18 era viúva. 
O resto da história também é bem conhecido. Começou a cantar sob as bençãos de ninguém menos que Ary Barroso. Casou-se com Garrincha após ele ter se divorciado, causando revolta da sociedade brasileira. Foi eleita “cantora do milênio” pela BBC de Londres.
Essa é uma narrativa possível. Uma perfeita saga do herói, do lixo ao luxo. E sim, é uma história belíssima de luta e de conquistas, mas não é bem por isso que admiro tanto Elza Soares. É mais por causa disso, por exemplo:


É porque no clássico “Volta por cima”, Elza chama o rapper Pyroman. É por causa do hip-hop e do eletrônico. Na minha opinião, ela é a artista brasileira que mais soube se reinventar. O funk de Caetano e Gal, olha, até curto, mas não convence. Acho bonito (e difícil, concordo) perceber que a discriminação do funk do morro e do rap são como a do violão. Eles passarão, Elza passarinho. Quiçá ela é o Heitor Villa-Lobos dos nossos tempos. E queira deus que grandes clássicos ainda venham (já devem até estar por aí) brotando das raízes das comunidades.

Elza se reinventou porque ela como poucas sabe o que é Brasil. A resistência é natural num povo reacionário e violento. Mas quando rompe essas barreiras, ôh, deixa a nega gingar! Abre a roda moçada que vai entrar mais um. E o mais lindo é que Elza é boa em tudo: é clássica quando é clássica, e é moderna quando é moderna. 
Desconfio que, pra ela, o amor à música é maior que o apego à estética sonora. Só que ela tem banca pra isso. Pra brincar com clássicos do Jazz (façamos, vamos amar, eu só me ligo em você) e pra fazer o melhor scat que eu já tive a honra de presenciar (Elzinha aprendeu com Louis Armstrong), mas homenagear também o funk e o brega. E trazer um “soft-heavy-metal-abrasileirado” pro seu show, sexta no SESC Consolação. 
Essa mulher pra mim é uma intérprete completa: competente e única, carrega uma paleta de emoções inacreditável. Contextualizada e politizada. Dá valor à sua carne negra (a mais barata do mercado), estica a cara do jeito que tiver vontade, e ai do mané (do Mané?) que achar ruim! Uma simpática senhora e ainda mais simpática quando fala palavrão. Passeia pelo Brasil inteiro e pelo mundo. 
Tocar na mão dessa mulher foi a maior honra, um dos momentos mais altos da minha vida.  
Obrigado a todos os envolvidos.

... foi pro Rio

Rio de Janeiro,  junho de 2012

Fui passar o feriado de Corpus Christi na casa da Márcia, uma amiga queridíssima nossa do IAG. A Márcia formou em meteorologia com meus colegas de mestrado, mas fez um concurso da marinha e, resumidamente, vai aprender a dirigir barco! Muito nerds! 

O azar é que pegamos um feriado de chuva do início ao fim. O único dia em que nos atrevemos pisar na areia, adivinha? Choveu. A sorte é que, como choveu, a estrada estava só pra gente. Quase não pegamos trânsito.


Márcia nos oferecendo uma maravilhosa Chuva de Prata que
custou 30 reais. Pense numa bebida vagabunda!
Mayara se deliciando com a Chuva de Prata.

A Chuva de Prata era de tão boa qualidade que a Alessandra
 (esq.) ficou feliz, feliz. À direita estão a Pâmela e o namorado,
José Ignácio.

Sucesso ao estourar a champagne!
No carro, fomos eu, a Alessandra, a Mayara e o Tássio, que são 3 amigos queridíssimos que fiz no IAG; e ainda o Caio, amigo nosso que estudou com a Alessandra no ensino médio. Lá encontramos ainda a Pâmela e o namorado, José Ignácio, ambos argentinos. A Pâmela faz doutorado no IAG e é outra chuchuzinha.

Na falta de praia de verdade... Mayara toma sol no calçadão
de Copa enquanto eu nado e a Alessandra surfa nas límpidas
águas.
No dia que choveu menos, visitamos o Forte de Copacabana, onde tem um museu histórico militar. O forte foi construído no início do século XX e inaugurado em 1914, e tinha por objetivo defender a costa do Rio de Janeiro, a então capital do Brasil. É uma visita bem interessante.


Tássio, eu, Alessandra e Caio na entrada do Museu Histórico
do Forte de Copacabana.

REFLETINDO

Caio, Márcia e Alessandra. E Copa ao fundo.

Caio está me mostrando alguma coisa.

Eu, Alessandra e Mayara, provavelmente com fome.
A gente só comia! hahaha
Um canhão ao fundo.
À noite, fomos a um sambão no Carioca da Gema. A música tava muito boa. Era uma banda ao vivo com uma vocalista sensacional. Mas pelo visto a casa não tinha lotação e viramos sardinha enlatada lá dentro. A quantidade de gringo era impressionante também! Acabei fazendo amizade com uma canadense e uma francesa. Foi ótimo pra praticar meu francês. E o mais legal é que fui elogiado \o/.


A galera antes do samba. Alessandra, Caio, Márcia, Tássio,
Mayara, eu, José e Pâmela. Essa camisa eu tinha acabado de
comprar no centro do Rio. É a Maria Antonietta kkk.
Apesar do tempo ruim, deu pra falar um monte de besteira, rever a Márcia, se curtir, sair, beber, comer um bocado e aproveitar bem o feriado. Pena que tudo o que é bom tem um fim. O Rio sempre deixa um gostinho de quero mais...


Bye bye Rio!